Tudo começou com um sonho bom. Sonha, acorda, pensa no sonho o dia inteiro. Ah, tive um sonho!
Depois tive outros sonhos e partes de sonhos. Sonhos quebrados, repetidos e repartidos em série.
Vou trabalhar cansado. No retrovisor do carro vejo minha cara de sono. Porra de sonho!
Primeiro turno, não dá pra pensar no almoço. Hã?! Meio da tarde e com óculos ou sem óculos meus olhos ardem, os números se misturam, faço os mesmos cálculos exaustivamente. Se fecho os olhos mais devagar durmo aqui mesmo. Tiro os óculos, cáculos, gravata e pestana. O que foi o que?
Happy hour? Preciso dormir, droga! Não produzi nada. Amanhã terei que chegar mais cedo, refazer os cálculos e preparar a merda da apresentação. Só uns tragos.
Apesar de economista, tempo pra mim nunca foi dinheiro. Demoro bem mais que uma happy hour. Animo um pouco com a conversa de bar, meu sono até que passa, lembro do sonho. Na verdade não se trata do sonho e sim de sonhar. Sonhar o tempo todo. Sonhar e acordar e pensar no sonho e no que não é sonho. Agora mesmo, tô acordado, bem acordado e não estou com sono. É bom! Estar acordado é bom. Mas se não fosse a leve sensação de embriaguez, tanto menos. Aliás, é essa sensação que aproxima a gente do estado do sonho. Quando a gente bebe entra nesse estado onírico dionisíaco, vira artista, poeta, franciscano, pode tudo que quiser. Como num sonho. O bêbado é como um cara que sonha acordado, sabe que é sonho e ainda escreve e dirige o roteiro. Estar bêbado é melhor que estar sonhando!
Volto andando pra casa. Prolongo o prazer da expectativa de uma longa noite de sono. Lembro da conversa do bar. Lembro do sonho. Esqueci os cálculos. Sob minha perspectiva onírica dionisíaca começo a misturar trechos. Minha memória começa a funcionar como um sonho, cheia de quebras. Mas foi um sonho? Preciso descansar. Meu sono voltou.
Vejo minha cara no espelho do banheiro. A mesma cara de sono, só que agora suja de sereno e com um leve sorriso nos lábios. Embriagada e embaçada de sono. Ou de sonho.
Sonho que tá tudo pegando fogo. Queima tudo e a fumaça me sufoca fazendo arder minha garganta. Acordo com sede. Droga de uísque. Merda de sonho! Tô cansado, preciso dormir mais um pouco. Na janela da cozinha minha cara refletida é de sono e sem graça. Idiota!
Sonho com o bar. O que conversei com meu sócio sobre a apresentação do projeto. Conversei? Ou foi só no sonho. Os cálculos não estão prontos. Tudo de cabeça, apresentação genial, clientes convencidos.
Acordo atrasado e novamente cansado. Demoro alguns minutos pra juntar todos os trechos. Hoje pode ser ontem? Sinto como se não tivesse dormido nada. Prefiro nem ver minha cara no espelho. Isso só pode ser um pesadelo. Volto pra cama.
Depois tive outros sonhos e partes de sonhos. Sonhos quebrados, repetidos e repartidos em série.
Vou trabalhar cansado. No retrovisor do carro vejo minha cara de sono. Porra de sonho!
Primeiro turno, não dá pra pensar no almoço. Hã?! Meio da tarde e com óculos ou sem óculos meus olhos ardem, os números se misturam, faço os mesmos cálculos exaustivamente. Se fecho os olhos mais devagar durmo aqui mesmo. Tiro os óculos, cáculos, gravata e pestana. O que foi o que?
Happy hour? Preciso dormir, droga! Não produzi nada. Amanhã terei que chegar mais cedo, refazer os cálculos e preparar a merda da apresentação. Só uns tragos.
Apesar de economista, tempo pra mim nunca foi dinheiro. Demoro bem mais que uma happy hour. Animo um pouco com a conversa de bar, meu sono até que passa, lembro do sonho. Na verdade não se trata do sonho e sim de sonhar. Sonhar o tempo todo. Sonhar e acordar e pensar no sonho e no que não é sonho. Agora mesmo, tô acordado, bem acordado e não estou com sono. É bom! Estar acordado é bom. Mas se não fosse a leve sensação de embriaguez, tanto menos. Aliás, é essa sensação que aproxima a gente do estado do sonho. Quando a gente bebe entra nesse estado onírico dionisíaco, vira artista, poeta, franciscano, pode tudo que quiser. Como num sonho. O bêbado é como um cara que sonha acordado, sabe que é sonho e ainda escreve e dirige o roteiro. Estar bêbado é melhor que estar sonhando!
Volto andando pra casa. Prolongo o prazer da expectativa de uma longa noite de sono. Lembro da conversa do bar. Lembro do sonho. Esqueci os cálculos. Sob minha perspectiva onírica dionisíaca começo a misturar trechos. Minha memória começa a funcionar como um sonho, cheia de quebras. Mas foi um sonho? Preciso descansar. Meu sono voltou.
Vejo minha cara no espelho do banheiro. A mesma cara de sono, só que agora suja de sereno e com um leve sorriso nos lábios. Embriagada e embaçada de sono. Ou de sonho.
Sonho que tá tudo pegando fogo. Queima tudo e a fumaça me sufoca fazendo arder minha garganta. Acordo com sede. Droga de uísque. Merda de sonho! Tô cansado, preciso dormir mais um pouco. Na janela da cozinha minha cara refletida é de sono e sem graça. Idiota!
Sonho com o bar. O que conversei com meu sócio sobre a apresentação do projeto. Conversei? Ou foi só no sonho. Os cálculos não estão prontos. Tudo de cabeça, apresentação genial, clientes convencidos.
Acordo atrasado e novamente cansado. Demoro alguns minutos pra juntar todos os trechos. Hoje pode ser ontem? Sinto como se não tivesse dormido nada. Prefiro nem ver minha cara no espelho. Isso só pode ser um pesadelo. Volto pra cama.