terça-feira, 7 de outubro de 2008

minha flor


-mas que mania, dona noite, por que insistes?
-porque és insípida, manhã, e ninguém te ouve
-ah, novamente o gosto dos que sonham noturno?
-não inodora! dos que gostam do cheiro das flores.
-ah! falas das flores... celeidoscópio solar!
-verdade de cor, jardins que dormem...
-mas como dormem se quando mais brilham?
-ah, meu lírio, claro como o sol, a noite desabrocham!

e em jardins alheios por passeios noturnos
tive mais sonhos perenes, de todo perfume,
sem nome, sem tempo, sentido somente,
sem vista nem tato, as flores apenas.