Hoje eu acordei mais cedo e automaticamente reguei minhas plantas.
Suspirava enquanto as regava na esperança que, de alguma forma, pudesse respirar por elas também.
Minhas plantinhas estão secando. Não há terra fértil que dê jeito, nem sol que as alimente, nem água que mate tanta sede.
E eu que já gostei tanto do sol e que já pisei tanto nesse solo úmido de vida e já suspirei de alegria, agora apenas morro de sede.
Está tudo apodrecendo. De um podre sem vida e sem frutos.
Se ao menos houvesse semente, pequena que fosse, resto de vida, quem sabe eu regaria de novo, quem sabe crescerias novamente, vistosa e fértil, sedenta de sol, de água, de frutos, de vida.
Mas insistes em morrer. E agora já não há mais nada em mim para te oferecer, querida plantinha! Nada. E eu que achava que tu respirarias por mim...
terça-feira, 6 de junho de 2017
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Um comentário:
Gostaria de escrever um comentário explicando exatamente o que senti ao ler o texto, mas não tenho essa capacidade de expressar meu sentimento no papel. Saiba, porem, que esta foi uma daquelas leituras q eu fiz e imediatamente senti uma pontada no estômago. Isso pra mim eh um indicativo que estou diante de algo diferente, bonito e prazeroso. Assim eh seu texto!! Parabéns, Sra Ana Areias.
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