O homem é o construtor por excelência de todos os povos e de todos os tempos. Não há lugar no mundo sem sua marca. Estilos, culturas, necessidades- às vezes desnecessárias- de uma sociedade estão sobrepostas no espaço modificando-o e, ao mesmo tempo, deixando o registro da imperatividade do homem. As rugosidades do geógrafo.
E ele constrói. Desde que deixou a caverna vem fincando sua morada no chão da terra. Prédios, barracos, castelos. Currais de pedra que lhes protegem do mundo, do frio e da chuva, dos outros homens. Verdadeiros santuários murados.
Acontece que o muro também aprisiona. Dentro desses santuários o medo encontra o aconchego e se alicerça. Os costumes inverossímeis que o homem cria são cruéis e a sociedade convalida. Gerações cuidam dessas construções, tijolo a tijolo, reforçando suas estruturas e
Difícil escapar do curral do homem. Como fugir do manual dessa construção? Dificil desconstruir o edifício dos tempos. E pra reconstruir é preciso derrubar.