- Finalmente, que queres dizer?
- Já disse, não consigo outras palavras...
- Mas não entendi o que disseste.
- Ah, mas é porque não disse tudo...
- Então fala!
- Estou pensando...como é mesmo que digo isso...eu sei mais ou menos o que é, não tem assim uma forma... como chama?...que agonia!
- mas é o quê, substantivo abstrato?
- Não, não, é bem concreto...tá aqui em minha cabeça... bom, bom...
- É ruim?
- Não...também não sei se é bom...tu não sentes também?
- Ah, e como diabos vou saber!
- Já sei! Ah, agora eu sei...
- Fala logo!
- Não dá. Ainda preciso inventar um nome.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
sábado, 6 de junho de 2009
sonhos opacos
sonhos opacos naquele quarto de sobrado
no andar de cima, teto sem forro, deito.
uma luz amarela entre mim e as telhas
a mesma luz que da rua olho em outros quartos
penso nos sonhos alheios e suas camas
saudade de minhas horas, do acalanto das telhas
gosto da luz que não basta, da opacidade do ar,
pensamentos turvos infinitos, opacos
da janela, a minha, a rua opaca
da rua, a janela, de outros, opaca
entre aqui e lá, a opacidade do ar
partículas que criam milhões de formas
veio a chuva
limpou tudo
o que antes era um sonho opaco
agora é a transparência do real.
no andar de cima, teto sem forro, deito.
uma luz amarela entre mim e as telhas
a mesma luz que da rua olho em outros quartos
penso nos sonhos alheios e suas camas
saudade de minhas horas, do acalanto das telhas
gosto da luz que não basta, da opacidade do ar,
pensamentos turvos infinitos, opacos
da janela, a minha, a rua opaca
da rua, a janela, de outros, opaca
entre aqui e lá, a opacidade do ar
partículas que criam milhões de formas
veio a chuva
limpou tudo
o que antes era um sonho opaco
agora é a transparência do real.
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