domingo, 7 de junho de 2015

meu tempo não é agora


Não sei se já disse que tenho uma verdadeira paixão por aqueles pintores impressionistas do século XIX. Monet, Renoir, Cézanne, todos maravilhosos! Ou será o século? A paixão?

Renoir, o pintor da vida, como era chamado, bem que podia ser um amigo meu, primo,  irmão, compadre talvez. O ano é o de 1876 e me vejo perfeitamente bem, rodeada de amigos, dividindo uma conversa e algumas danças numa bela tarde de domingo. Ou sábado, ou não importa o dia. Eu era feliz!
                                                            Renoir, Le Moulin de la Galette, 1876.

Monet, me lembro bem daquele nascer do sol tão especial. Conversamos a noite inteira, sobre diversos assuntos, sobre a vida, sobre o mundo, amenidades. Época boa, onde as pessoas olhavam nos olhos, uns dos outros, conversavam e respeitavam os respectivos silêncios. Havia silêncios! Naquela noite/dia, voltei para casa com a melhor das impressões.

                                                            Monet, Impressão, nascer do sol, 1872.

Pois bem, o ano é de 2015, e não escrevo nada por aqui há um bom tempo. É que, infelizmente, diferente do que acha o poeta, meu tempo não é hoje. Ando descontente com o mundo, com as pessoas e seus hábitos, comigo mesma, com os jornais, com o mundo e confesso uma imensa inabilidade em lidar com essas coisas do agora. Por outro lado, sinto que a escrita me consola, me comove, me melhora. Então, meus amigo, vejamos no que vai dar. 

PS. Tenho saudades. Dos amigos que não tive e dos que tive. Dos poetas e pintores. Dos livros que li. Das alegrias e tristeza que já tive. Sofro de saudade aguda. Saudade o tempo todo. Estava com saudades de escrever aqui.


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