sábado, 5 de agosto de 2017
flâneur
Resolvi tomar um atalho pelo caminho mais lento,
no contratempo da vida em massa que passa em desatento.
Escolhi o caminhar caprichoso, o gole preguiçoso,
que é pra valer o gosto do agora e fazer durar cada gozo.
Eu vou ficar só de flâneur vendo teu passo louco.
Pressa perversa que a vida avexa, me deixa quieta
que meu tempo é outro.
Decidi durar mais o meio enquanto vivo,
meio ao tumulto, o enquanto isso.
Vou ralentando o que for preciso,
cada segundo, eu não desperdiço.
Eu vou ficar só de flâneur vendo você correndo.
Fissura cega que a vida esquiva , me deixa quieta
que eu estou vivendo.
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