quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Dobro não

Dobrou a esquina, percebeu a rua mal assombrada, a frouxidão nas pernas, sentiu o peito gelar.
- Será que dá pra voltar?
A ré sempre dá mais trabalho, além da manobra, exige o esforço de abstração do que não se fez.
- Melhor seguir de vez.
Bem certo de dar tudo errado, o ar tá pesado demais, anyway.
- Fazer o quê?
Essas vias que anunciam a armadilha que se sente por telepatia sem se saber por quê.
- Déja vu, pode crer.
Talvez. Mas sabia que haveria de ter entre tantas idas e vindas com o desprazer. Ou qual seria o propósito de sair do lugar?
- Melhor capturar as cores dos revezes e fazer tudo que é oposto brilhar.

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